Lixo: vereadores propõe que contratos não sejam renovados
O primeiro a falar foi o presidente do SIEMACO, representando os trabalhadores do setor. Perguntado sobre os principais problemas existentes na relação patrão – empregado, destacou a reclamação pontual dos trabalhadores sobre desvio de função. Cada equipe de trabalho, é composta por um gari, responsável pela varrição, cujo salário é de R$ 635,00 por mês, mais benefícios e também um ajudante que tem a função de conduzir o carrinho de mão que armazena o lixo decorrente da varrição, com salário mensal de R$ 490,00, além dos benefícios. Ocorre que, na prática, invariavelmente ambos exercem a mesma função, ocasionando insatisfação e ensejando considerável quantidade de reclamações trabalhistas. Outro fato apontado, gerador de insatisfação, é a falta de uniformidade na carga de serviços. Há equipes que varrem cerca de 3 quilômetros por dia e outras que chegam a varrer 50% a mais, atingindo 4,5 quilômetros num único dia.
Em seguida, foi ouvido o diretor executivo da Qualix, uma das 5 empresas responsáveis pela varrição. A Qualix dispõe de um efetivo de 2010 empregados para atender o contrato com a Prefeitura. Com o corte de 20% das verbas anunciado pelo Executivo, a empresa colocou cerca de 100 empregados em aviso-prévio. Entretanto, com o anúncio do cancelamento dos cortes, a situação está sendo revista e segundo o diretor, não há mais motivo para que se concretize as demissões.
O grande problema da Qualix, detectado pelos vereadores componentes da mesa, é o excesso de multas acumuladas durante o ano, todas por descumprimento contratual. Foram até agora 180 multas com 29 naturezas distintas, o que motivou a subcomissão a encaminhar requerimento ao Executivo, recomendando que não renove o contrato com a empresa, que expira no próximo dia 03 de outubro.
Finalmente foi ouvido o presidente da SELUR, entidade que representa as 57 empresas do setor no estado de São Paulo, cuja principal função é articular a Convenção Coletiva da categoria junto ao SIEMACO. Estabelece também os índices de produtividade dos trabalhadores, que servem de base para negociação dos contratos entre a Prefeitura e as empresas de limpeza. Perguntado sobre a possibilidade de o Executivo extinguir todos os contratos vigentes, para que nova licitação seja efetuada, o presidente foi enfático em sua resposta, ressaltando que se isto ocorrer, dificilmente o mercado disporia de empresas capacitadas como as atuais.
Informações:
Mário Seabra
Assessor Técnico do
Gabinete do Vereador Roberto Tripoli (PV)
11-3396-4821
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